Tratamento de Tumores Cerebrais no Hospital Infantil Albert Sabin

3 Outubro 2011

Acaba de sair o trabalho do grupo de Oncologia Pediátrica e Neuro-oncologia clínica do Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS), publicado no Jornal de Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria. O trabalho é uma avaliação retrospectiva da sobrevida dos pacientes pediátricos portadores de tumores cerebrais diagnosticados entre janeiro de 2000 e dezembro de 2006 no HIAS. Os autores, coordenados pelo autor deste blog, coletaram dados dos prontuários dos pacientes, a partir de 2008. Em seguida, a sobrevida global foi calculada do diagnóstico até a data do óbito dos pacientes. Uma análise estatística foi realizada para identificar quais possíveis fatores afetaram a sobrevida do grupo de pacientes. Os resultados foram aceitos para publicação no Jornal de Pediatria da SBP e acabam de ser divulgados pela publicação antecipada nas página do periódico. A maioria dos pacientes tinha astrocitomas de baixo grau ou meduloblastomas. A topografia mais comum foi a fossa posterior. A sobrevida global em cinco anos dos pacientes com astrocitomas de baixo grau foi de 84%, enquanto para pacientes com meduloblastomas foi de 51%. Os fatores que mais afetaram a sobrevida foram a ressecção cirúrgica e radioterapia (ter ressecado todo o tumor e ter realizado radioterapia aumentaram a sobrevida) e o diagnóstico de astrocitoma de alto grau ou ependimoma (pacientes com estas doenças sobreviveram bem menos). Estes resultados podem ser comparados com os resultados de registros populacionais dos Estados Unidos e Europa.
O trabalho na íntegra pode ser acessado aqui: http://bit.ly/n9kZod
Tratamento de Tumores Cerebrais no Hospital Infantil Albert Sabin - October 3, 2011 - fhcflx